domingo, 24 de outubro de 2010

Classificação de Espiões

Agente secreto

Trabalha para os governos ou para a polícia. Em seu país investiga a oposição e políticos no poder. No exterior, descobre sigilos econômicos, militares e políticos, como números sobre colheitas e produção industrial, saúde de líderes e fabricação de armas nucleares. Pode já ter sido militar e tem um estoque de passaportes falsos. Bem preparado, fala mais de uma língua e cultiva hábitos de grã-fino. Usa recursos como imagens de satélites, além de ser craque em invasão de computadores. Recebe salários variáveis. O agente duplo americano Aldrich H. Ames (veja quadro à direita) ganhava 62 000 dólares ao ano na CIA.

Espião industrial

Trabalha para consultorias financeiras ou tem um escritório particular. Sua clientela são empresas grandes. Alguns se intitulam consultores de segurança. Em geral é jovem, tem pinta de executivo e ganha até 10 000 reais por mês no Brasil. Nos EUA, pode faturar mais. Seus métodos de trabalho incluem revirar latas de lixo e arrombar laboratórios. Usa disfarces, fazendo-se passar por faxineiro ou outro funcionário, e às vezes se emprega na empresa que pretende espionar. Costuma se equipar com uma parafernália parecida com aquela usada por James Bond (veja páginas 68 e 69). Usa a Internet a toda hora.

Olheiro patronal

Trabalha para patrões interessados em investigar o desempenho e possíveis rebeldias de funcionários. Também é acionado para descobrir eventuais propostas de emprego que os quadros da companhia tenham recebido. Se veste como o cliente mais comum das empresas que espiona ou pode ser um funcionário cooptado para a tarefa. Neste caso, o pagamento vem camuflado em promoções e benefícios. Não usa equipamentos especiais. Seu método é falar mal do patrão e ouvir com atenção o que os demais dizem. Pode ganhar prêmios de mais de 10 000 reais por uma boa informação. É daquele tipo que ninguém consegue explicar direito o que faz na empresa. Mas joga futebol com os colegas de trabalho.

Detetive particular

É aquele que se anuncia em jornal. Também é conhecido como araponga e tem baixo nível de instrução. Costuma usar camisa social com pelo menos dois botões abertos. Seus principais clientes são maridos e esposas com a pulga da infidelidade atrás da orelha, mas também ajuda pequenos empresários a roubar informações de concorrentes ou mesmo sabotá-los. O método é rudimentar. A partir de uma longa entrevista com o cliente, vai seguir

os passos do “suspeito”. Usa gravador e máquina fotográfica comuns. Como cobra por semana – entre 1 000 e 3 000 reais –, é usual levar a investigação em banho-maria. Até porque nem sempre tem clientes. Adora os filmes do James Bond.

Paparazzi

Sim, o paparazzi é um tipo de espião. Fotógrafo profissional, tem credencial de jornalista para entrar em festas e outros eventos. Está sempre em busca de cenas comprometedoras para vendê-las a jornais e revistas. Às vezes tem encrencas com a polícia ou com seguranças, que tentam arrancar o filme da máquina quando algum ilustre fotografado faz escândalo. Mas é prevenido. Tem sempre um filme virgem para tapear o inimigo. Treina arte marcial para se defender. Infiltra-se entre empregados das vítimas. Pode até namorá-los para obter informações sobre os patrões. Uma boa foto rende cerca de 1 500 dólares, mas dependendo da personalidade em questão e do nível de comprometimento da cena, o preço sobe vertiginosamente.

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